Também no verão deste ano, tive a felicidade de descobrir um espaço do mais sereno em que já estive e mesmo perto de onde cresci.
Em Sta Maria da Feira, Aveiro, há uma tradição de, anualmente, fazer a Festa das Fogaceiras. Esta festa tem a sua origem no voto feito a São Sebastião para afastar a peste da região. Como tributo, presenteiam o santo com a fogaça. A fogaça é um pão doce que simboliza o castelo de Sta Maria da Feira. Antes de ser levado ao forno, o topo é dividido em X, para que tenha as quatro torres do castelo simbolicamente representadas no cume deste pão.
Com o passar dos anos, a fogaça tornou-se bastante conhecida dos portugueses. Surge assim o Museu Vivo da Fogaça, em que "uma singular tradição com mais de 500 anos de história faz nascer um novo conceito.
Museu Vivo da Fogaça é um espaço afectuosamente dedicado à fogaça,
singular doce regional das terras de Santa Maria".
Fogaças à parte, que para ser sincera até nem gosto muito, o que eu adorei foi o espaço deste Museu. Ora quem lê pode pensar: qual é a piada de uma data de fogaças expostas? Ora aí está, é que não é mesmo nada disso. O Museu de que falo desenvolveu receitas baseando-se na fogaça e usando, maioritamente, a fogaça como base dos seus próprios doces. E é tudo tão pecaminosamente saboroso. Vale a pena ir a Santa Maria da Feira por diversas razões, esta é só mais uma.
Fiquem com imagens do espaço, que é.. lindo. Imaginem entrarem neste espaço enquanto toca Yann Tiersen e estarem sentados, embalados pela música, sem quaisquer preocupações por um momento enquanto degustam algo preparado pelos chefs que criam estas metamorfoses de um produto tão tradicional.
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